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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Gestão Financeira, Clínica Maló - CASE

Dívida milionária ameaça magnata da odontologia



Clínica Malo, com unidade em Campinas e São Paulo, deve R$ 4 milhões; 48 títulos protestados

Conhecido como o Bill Gates do mundo da odontologia, o dentista angolano Paulo Malo construiu um império nos últimos 15 anos com faturamento próximo aos R$ 200 milhões ao ano. Oferecendo um suposto tratamento revolucionário no campo do implante dentário, o negócio se espalhou em seis países e, somente no Brasil, foram investidos cerca de R$ 40 milhões nas duas unidades localizadas em Campinas e São Paulo.

Assim como as cifras milionárias administradas pelo megaempresário sempre impressionaram o mercado, os últimos balanços da empresa nas duas unidades, aos quais o Correio teve acesso, mostram que um lastro de dívidas com fornecedores, governo, funcionários e imobiliárias deixam o grupo com débitos nas duas cidades até com empresas de material de limpeza. 


No ano passado, para tentar administrar o montante de dívidas no Brasil, que beira os R$ 4 milhões, a empresa chegou a cogitar a apresentação de uma ação de recuperação judicial. Em Campinas, a reportagem apurou que cartórios da cidade registram 48 títulos protestados no valor de R$ 60 mil. As certidões acusam dívidas que vão desde débitos com empresas de máquinas de café até materiais de limpeza. Quase nenhuma dívida tem sido paga pela empresa atualmente e antigos fornecedores já se recusam a vender para o megainvestidor, que em entrevista recente chegou a dizer que preferia atender “um cliente que possa pagar, do que 1 milhão de pacientes que não tenham dinheiro”. 



A Clínica Malo Campinas tem capital social registrado de R$ 16 milhões, mas só de aluguéis em atraso na cidade os débitos se aproximam de R$ 1,1 milhão. Desde novembro do ano passado, a clínica — localizada em um prédio de cerca de 2 mil metros quadrados em dois andares de um dos edifícios mais caros da cidade, o Trade Tower — não paga nem o condomínio e já chegou a ser informada que pode ter que deixar o imóvel caso não apresente uma proposta de quitação dos débitos. A outra unidade da empresa, localizada em São Paulo, também corre o risco de fechar as portas. A imobiliária cobra cerca de R$ 600 mil em aluguéis e condomínios atrasados e ingressou na última semana com uma ação de despejo contra a empresa. 


Paulo Malo afirma que o grupo não corre risco de falência, mas confirmou que terá de reestruturar as clínicas no Brasil para um modelo mais simples. As clínicas de Malo são uma combinação de spa com clínicas odontológicas, fazendo uso de equipamentos de última geração. Na unidade de Campinas, só em maquinário, estima-se que tenham sido investidos R$ 5 milhões. Embora o empresário negue que a saúde financeira do grupo esteja comprometida, a reportagem apurou que a unidade localizada em New Jersey (EUA) também estaria passando por dificuldades de liquidez e tem precisado fechar as contas com recursos vindos da matriz em Lisboa. 


Empresário nega dificuldades 

Paulo Malo respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem por e-mail e disse que irá modificar o modelo de negócio no Brasil. Segundo ele, o tipo de gestão utilizado no País é o mesmo adotado nas outras unidades espalhadas pelo mundo. No entanto, foi verificado, se referindo às clínicas no Brasil, que suas unidades odontológicas não “servem a pequenas localidades”. “Essas clínicas da mais alta qualidade servem regiões (sic) e não pequenas localidades. Este modelo funciona bem nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, mas não funciona no Brasil e, por isso, vamos alterar a nossa estratégia e vamos implementar um modelo mais simples, adequado às necessidades da população brasileira”.



De acordo com Malo, o grupo registra crescimento anual de 60% na Ásia, 40% nos EUA e cerca de 20% na Europa e há planos para a abertura de clínicas no Marrocos, na Itália e em Angola. “A razão pela qual vamos fechar as clínicas no Brasil e reestruturar a nossa presença no País deve-se à constatação de que o modelo adotado não é o mais eficaz para o mercado brasileiro. Não se trata de uma política transversal a todo o Grupo, mas de uma decisão local”, afirma. Questionado sobre a quitação das dívidas com os credores no Brasil, Malo disse que já está estruturando um plano. “Por estarmos neste processo de remodelação, estamos a analisar todos os fornecedores e a delinear uma estratégia para proceder aos devidos pagamentos”, disse.


ANÁLISE DO CASE


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  1. A que atribui-se o fracasso da clínica Maló? (comente abaixo, ou pelo nosso fale conosco CLIQUE AQUI)


Um comentário:

  1. Acho que não deu certo porque nenhum país é igual ao outro! Eles acharam que podiam padronizar o atendimento, o modelo de clínica e todas as outras coisas..e em cada localidade deve-se ter um diferencial para agradar a população local!

    Obrigada

    Dra. Alice Guedes

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